Bancadas bem compostas, como se previa, em Pereira, para assistir ao derby entre a equipa local e a rival de Arzila. Nota de interesse principal a incidir na possibilidade de, em caso de vitória, o ADCR Pereira ascender ao primeiro lugar da classificação em troca, precisamente, com o Arzila.
ADCR Pereira: Keci; Xano, Daniel, Rui Miguel, André Mendes; Fábio (Zé Macedo), Zé Miguel, Paulito (Renato); Daniel Heleno (Rúben), Rui Tinoco (João Carlos), Tarrafa.
Suplentes não utilizados: Luís, Didi, Deryk.
O ADCR Pereira veria, no entanto, a vida facilitada aos 8 minutos, após um disparate do guarda-redes contrário. Cruzamento largo para a área do Arzila e o guardião a perseguir o avançado pereirense e a derrubá-lo quando este corria para a bola, de costas para a baliza. Chamado à marcação da grande penalidade, Paulito mostrou serenidade e colocou a sua equipa na frente.
Este lance teve o condão de enervar os homens da casa e, pelo contrário, de unir os forasteiros no objectivo de retribuir a confiança que lhes fora dada pelo seu companheiro, passando de um prenúncio de goleada à crença em resistirem até ao fim sem sofrer golos.
Aos 35 minutos, aconteceu uma daquelas situações em que o futebol é fértil. Depois de algumas oportunidades claras de golo falhadas pela ADCR Pereira, um canto para o Arzila permite que a bola seja recolocada na área, após ser rechaçada pela defesa local, e encontre um jogador forasteiro completamente sozinho a cabecear para o empate.
Ao intervalo, o resultado castigava o desacerto do ADCR Pereira.
Para a segunda parte, a jogar contra dez, o treinador João Marques fez o que lhe competia e colocou o melhor marcador da equipa em campo por troca com o médio defensivo Fábio. Notou-se desde logo a intensidade de jogo e a agressividade que este jogador traz para dentro das quatro linhas, colocando, logo aos 3 minutos, as capacidades do guarda-redes do Arzila à prova, após um grande remate espontâneo sobre a direita.
A defesa, demasiado recuada, dava espaço a que, de quando em vez, a bola não fosse imediatamente recuperada e o Arzila se conseguisse soltar, aproveitando para respirar.
Por fim, quando todos já esperavam a igualdade, eis que a alma pereirense falou mais alto e, num último fôlego, conseguiu a vitória que fez "explodir" de alegria as bancadas. Remate enrolado após cruzamento para a área e Xano (o herói improvável) a encostar para o fundo da baliza. Na sequência dos festejos, o Arzila teria outro jogador expulso por agressão a Daniel.
Vitória muito sofrida do ADCR Pereira, que assim alcança o topo da classificação, mas que terá que fazer muito mais nos próximos jogos para permanecer na liderança.
Melhor em campo: Zé Miguel
Pereiraaaaaaaaaaaaaa!
ResponderEliminar