segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

ADCR Pereira 3-0 SC Ribeirense

Duelo do fim da tabela no Complexo Desportivo de Santo Estêvão entre a equipa do ADCR Pereira e o SC Ribeirense.

ADCR Pereira: Meco; Peralta, Nando, Léo, Rui Carlos; Tarrafa, Joel, Gomes (Heleno 59'); Rúben (Rui Góis 45'), Mendes, Rui Tinoco (Bento 71')

Suplentes não utilizados: Pedro, Rui Gonçalves, Xano, Zé Macedo.

A primeira parte foi quase sempre mal jogada com as equipas a imprimirem um ritmo lento na partida e sem que nenhuma delas se conseguisse superiorizar. Tal como se antevia, num jogo onde a luta imperou e em que os espaços para jogar eram reduzidos, só a espaços a bola chegou jogável às áreas contrárias.
No entanto, no que toca a oportunidades de golo, só ao minuto 33 o jogo teria algo para contar com Rui Tinoco a ganhar em velocidade sobre a defesa do Ribeirense e a aparecer isolado sendo derrubado quando se preparava para atirar à baliza. O árbitro nada assinalou. Na jogada seguinte, falhanço escandaloso à boca da baliza do SC Ribeirense, após jogada bem delineada pelo lado direito perante alguma permissividade da defesa da casa.
Já a terminar o primeiro período, após canto a favor do ADCR Pereira, contra-ataque do SC Ribeirense com um jogador a isolar-se mas Peralta, irrepreensível, na recuperação a fazer o corte.

Ao intervalo: 0-0

No início da segunda parte, Rui Góis rendeu o "amarelado" Rúben e foi colocar-se na frente de ataque conferindo um maior poder de choque à equipa de Pereira. A partir daqui, tudo seria diferente com a turma pereirense a ter o domínio do jogo. Logo aos 47m, Rui Tinoco, de livre direto, atirou por cima. Com a equipa da Ribeira de Frades cada vez mais remetida ao seu meio campo, o ADCR Pereira ia aproveitando para se acercar com perigo da baliza adversária, ganhando algumas faltas junto à área. Aos 61m, num desses lances, descaído para a direita, iria aparecer o primeiro golo da partida. Livre direto batido de forma irrepreensível por Rui Carlos, sem hipóteses para o guarda-redes. O golo funcionaria como um autêntico desbloqueador da partida com a equipa da casa a soltar-se das amarras da ansiedade e a fazer o assalto final que lhe garantiria a vitória. No minuto seguinte, jogada de insistência de Rui Tinoco, a roubar a bola a um defesa, ganhando o ressalto e rematando forte com a bola a passar por baixo do guarda-redes adversário e a só parar no fundo da baliza. Foram minutos eletrizantes e o árbitro iria descortinar, logo na jogada seguinte, uma grande penalidade na área do ADCR Pereira. Meco coroou a sua exibição de luxo com uma estirada fantástica, não permitindo a reentrada no jogo ao adversário.
A partir daqui, o SC Ribeirense caiu animicamente e os locais aproveitaram para gerir a partida e chegariam mesmo ao terceiro golo, aos 75m, com Mendes a aproveitar uma má reposição do guarda-redes para se antecipar e encostar para a baliza deserta. Até ao fim, e já depois de Rui Góis ser expulso por suposta agressão aos 80m, o ADCR Pereira cerrou fileiras, baixando o bloco.

Boa vitória dos homens da casa numa partida em que, depois de uma primeira parte equilibrada, mostraram ser claramente superiores ao seu adversário.

Arbitragem: Marcada por dois erros graves que felizmente acabaram por não ter influência no resultado.

domingo, 28 de dezembro de 2014

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Mocidade 2-0 ADCR Pereira

Tarde fria em Penacova para o jogo entre a equipa local e o ADCR Pereira, duas equipas colocadas na parte inferior da tabela classificativa.

ADCR Pereira: Pedro; Peralta, Maurício, Palhas, Rui Carlos; Tarrafa (Mendes 80'), Joel (Gomes 61'), Zé Miguel; Heleno, Rebelo, Zé Macedo (Rui Tinoco 58').

Suplentes não utilizados: Leo, Bento, Rúben.

A partida começou com o ADCR Pereira a beneficiar de uma oportunidade soberana para se colocar em vantagem no marcador. Aos 20 segundos de jogo, Rebelo, desmarcado do lado esquerdo, passou pelo seu adversário e foi derrubado já no interior da área. O árbitro não teve dúvidas e assinalou a grande penalidade que Tarrafa, chamado a marcar, não conseguiu converter. Boa defesa do keeper do Mocidade a impedir o golo. Na recarga, foi Joel a não conseguir direcionar a bola para a baliza.
Com um primeiro minuto frenético, o jogo ficou ao rubro, com as equipas a imprimirem uma intensidade que proporcionou várias oportunidades flagrantes em ambas as balizas. Destaque para um falhanço à boca da baliza de um jogador da casa, aos 5m e, do lado contrário, Zé Macedo a rematar contra um defesa após grande arrancada e assistência de Rui Carlos do lado esquerdo, aos 9m.
Após esta fase inicial algo descontrolada, o ADCR Pereira foi tomando conta do jogo e acabaria por ter o domínio na primeira parte, remetendo o Mocidade ao seu meio campo, e criando muitos problemas através da exploração da velocidade dos extremos Rebelo e Heleno. Pecava no momento do último passe que teimava em não sair bem medido para permitir a finalização.
Ainda assim, aos 27m, bom remate de Zé Miguel de fora da área após assistência de Zé Macedo, com a bola a passar ao lado. Aos 34m, o mesmo Zé Macedo, isolado, rematou ao lado da baliza. Por ultimo, aos 37m, Heleno coloca a bola nos pés de Rebelo que remata mas a bola a ser novamente rechaçada por um defesa para linha de fundo.

Ao intervalo: 0-0.

A segunda parte seria completamente diferente. A equipa local entrou com uma atitude mais agressiva, mais rápidos sobre a bola na zona intermédia e com isto a secarem a construção de jogo do ADCR Pereira que tão bem tinha estado no jogo durante a primeira metade. Os pereirenses não conseguiam esconder a ansiedade que os levava a cometer erros sucessivos, com a equipa a perder inúmeras bolas e a ser incapaz de impor o seu jogo.
Pior ficaria aos 66m, quando Rebelo fez uma falta e se envolveu numa troca de palavras com um adversário, sendo admoestado com o segundo amarelo e respetiva ordem de expulsão. A jogar com dez unidades, a equipa de Pereira caiu animicamente, desorganizou-se, e viria a sofrer o primeiro golo aos 74m, numa jogada sobre o lado direito, cruzamento atrasado, e o avançado a rematar para o fundo da baliza com Pedro ainda a tocar na bola. Cinco minutos mais tarde e o Mocidade faria o segundo. Perda de bola comprometedora de Rui Carlos e transição mortífera, novamente pelo lado direito, para os homens da casa matarem a partida.
Os dez minutos finais seriam penosos para os visitantes, com os jogadores a perderem a cabeça e a acabarem a partida apenas com sete jogadores, após as expulsões de Zé Miguel, Maurício (acumulação) e Palhas (vermelho direto).

Vitória justa dos homens do Mocidade numa partida em que o ADCR Pereira, apesar da boa primeira parte, foi incapaz de manter o controlo emocional durante os noventa minutos.

Arbitragem: Na expulsão de Rebelo, errou ao não ter um critério uniforme. Ou deixava passar ou teria de mostrar o segundo amarelo a ambos os jogadores. De resto, denotou um critério disciplinar muito apertado, ainda assim, não tem culpa que os jogadores do ADCR Pereira tenham complicado o seu trabalho. 



segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Águias 3-2 ADCR Pereira

Deslocação difícil a Arazede para o ADCR Pereira defrontar uma equipa do Águias moralizada pela liderança do campeonato.

ADCR Pereira: Pedro; Xano, Daniel, Palhas, Rui Carlos; Bento, Gomes (Tinoco 51'), Joel; Heleno (Ruben 74'), Mendes (Rui Góis 45'), Tarrafa.

Suplentes: Meco, Leo, Peralta, Kovic.




Inicio prometedor do ADCR Pereira com um livre lateral e um pontapé de canto logo no primeiro minuto de jogo e o golo quase a surgir mas com posição irregular assinalada a Xano.
Com uma forte pressão sobre o portador da bola, a turma de Pereira causava dificuldades ao Águias que, ao insistir em sair a jogar a partir da sua defesa, permitia que o meio campo adversário recuperasse a bola rapidamente e tentasse (por vezes exageradamente) explorar a transição rápida através da velocidade de Heleno. Foram vinte minutos em que a equipa de Pereira esteve por cima do jogo com Gomes em bom plano a fazer jogar mas com a bola a não entrar nos homens mais avançados. Só aos 18', Tarrafa conseguiu libertar-se da marcação e rematar forte de longa distância mas com a bola a passar ao lado do poste.
A partir dessa altura, a pressão abrandou, o meio campo perdeu agressividade, e o Águias aproveitou para explorar da melhor forma os espaços concedidos e acercar-se com perigo da baliza de Pedro. Com um ataque muito móvel, o Águias baralhava as marcações dos defesas pereirenses que se viam obrigados a recorrer à falta para travar as suas incursões. 
Numa dessas faltas conquistadas, aos 22', na sequência de um livre lateral, o Águias iria chegar ao golo. Livre batido de forma tensa, falha de marcação, e Xano, ao tentar corrigir o posicionamento, a fazer auto-golo. O Águias passou então a dominar a partida e à beira do intervalo iria fazer o segundo, num lance onde reinou a passividade na equipa de Pereira. Jogada confusa sobre o lado direito, com a equipa a ficar partida e a permitir que o adversário rodasse o jogo rapidamente, a bola a ser metida nas costas de Xano, Pedro a hesitar na saída, e o extremo do Águias a cruzar atrasado para o interior da área onde apareceu um colega a rematar para o fundo da baliza.

Ao intervalo: 2-0

Ao intervalo, Rui Góis entrou para o lugar de Mendes e o ADCR Pereira passou a atuar com três defesas.
No entanto, ainda mal tinham regressado do balneário e já tinham encaixado mais um golo num lance tremendamente infeliz de Pedro. Cruzamento da direita, cabeceamento fraco na direção da baliza e Pedro a blocar a bola mas esta a fugir-lhe e o árbitro assistente a considerar que chegou a passar a linha de golo. 
Mas, quando todos pensavam que a história do jogo teria terminado ali, eis que o ADCR Pereira iria renascer das cinzas e reentrar na discussão da partida. Na jogada seguinte, Rui Góis a isolar-se e a ser carregado por um defesa casa quando se preparava para atirar à baliza. Grande penalidade e expulsão para o homem do Águias. Chamado à conversão, Tarrafa reduziu e deu alento à sua equipa para lutar pelo resultado.
De imediato, Tinoco foi lançado no jogo, Tarrafa recuou para a construção de jogo e o ADCR Pereira encostou a equipa da casa atrás, atacando por todos os lados e causando uma instabilidade enorme na defesa contrária. Joel, de cabeça, aos 58', não acertou na baliza após livre lateral batido de forma perfeita por Rui Carlos. Até que, aos 67', o mesmo Rui Carlos, isolado pela esquerda, chega primeiro que o guarda-redes e desvia a bola de forma subtil, com esta a entrar devagar na baliza do Águias. Com a diferença reduzida para apenas um golo, a equipa visitante acreditava mais do que nunca que era possível chegar à igualdade mas o ímpeto colocado em campo por vezes abria espaços que a experiente equipa da casa (agora recolhida num bloco baixo) aproveitava para lançar contra-ataques e tentar acabar com o jogo. Num desses lances, aos 78', foi a vez de Pedro brilhar e impedir o golo do adversário.
Até final, o Águias fez jus à experiência dos seus jogadores e pôs gelo no jogo, tentando queimar tempo com lesões e protegendo a bola junto à bandeirola de canto.
O ADCR Pereira teria ainda uma derradeira oportunidade para empatar a partida, já em período de descontos, com Joel a cabecear na sequência de um livre lateral mas a bola a passar a rasar o poste direito da baliza. 

Excelente jogo, muito emotivo, em que ganhou a equipa mais experiente e que soube aproveitar melhor os erros do seu oponente. Mais uma vez, o fator sorte a não estar do lado dos pereirenses mas com estes a ficarem com a certeza de que, com a atitude revelada na segunda parte, se podem bater de igual para igual com qualquer adversário.

Arbitragem: Arbitragem séria e corajosa.



segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

ADCR Pereira 0-1 Góis

Não se afigurava fácil a tarefa do ADCR Pereira, no regresso ao Santo Estêvão, ao ter pela frente uma equipa do Góis posicionada no topo da tabela e a perfilar-se como candidata à subida de divisão.


ADCR Pereira: Meco; Xano, Daniel, Palhas, Rui Carlos; Bento, Gomes (Heleno 65'), Joel (Zé Miguel 46'); Kovic (Rui Tinoco 73'), Mendes, Tarrafa.

Suplentes: Pedro, Maurício, Rúben, Peralta.



Os primeiros minutos foram de domínio repartido com as duas equipas a entrarem algo receosas na partida e numa fase de estudo mútuo. O ADCR Pereira tentava impedir o adversário de sair a jogar mas com uma pressão pouco agressiva que o Góis aproveitava para ensaiar lançamentos nas costas da defensiva de Pereira a explorar a velocidade dos seus avançados. Apesar disso, era a equipa da casa que tentava, em posse de bola, organizar o seu jogo e, com  rápidas trocas de bola, variar o jogo nos flancos de forma a permitir cruzamentos mas a pecar no capítulo do último passe.
A primeira oportunidade de golo surgiu aos 23m numa boa jogada coletiva dos homens da casa. Roubo de bola de Gomes a meio campo, abertura na direita para Xano cruzar e Mendes, ao segundo poste, a disparar  forte mas ao lado da trave.
Respondeu o Góis, aos 29m, na sequência de um pontapé de canto batido à maneira curta, com o cruzamento a sair e a bola a estar muito perto de entrar na baliza defendida por Meco.
Já a terminar o primeiro tempo, o Góis iria voltar a estar perto de marcar. Excelente abertura no espaço entre o defesa central e o lateral esquerdo do ADCR Pereira e o avançado a conseguir isolar-se perante Meco mas a rematar ao lado.


Ao intervalo: 0-0


À entrada para a segunda metade, contrariedade importante para os visitados com Joel a lesionar-se e a ter de ser substituído ainda antes do recomeço por Zé Miguel. Este seria o melhor período dos pereirenses, a exercerem um forte domínio que obrigou o adversário a recolher-se no seu meio campo. 
Aos 52m, o momento do jogo. Kovic, muito rápido, antecipa-se ao guarda-redes adversário, resiste à tentação de cair na área e quando envia a bola para a baliza vê um defesa do Góis cortar a bola com a mão, num lance claro de penalty que o árbitro da partida entendeu não assinalar.
Aos 61m, num lance de entendimento, o Góis consegue finalmente entrar na área adversária e Palhas agarra o adversário quando este se isolava. Grande penalidade indiscutível, desta vez assinalada pelo árbitro, a qual os visitantes aproveitaram para se colocarem em vantagem.
A partir daqui, a qualidade do jogo diminuiu, o ADCR Pereira sentiu muito o golo sofrido e o Góis levou o jogo para um ritmo que mais lhe convinha procurando segurar os três pontos.
Até final, destaque para um remate ao poste do Góis com Meco ainda a desviar a bola e para um remate de primeira de Zé Miguel à meia volta, de primeira, com a bola a passar perto do poste.

Vitória suada dos forasteiros numa partida equilibrada, não muito bem jogada, em que a atitude das duas equipas superou a qualidade de jogo apresentada, e em que o resultado mais justo seria a igualdade.


Arbitragem: Erros graves da equipa de arbitragem, que podem ter tido influência no resultado final.